Foto: Praia de Pipa/Reprodução |
O
Ministério Público Federal no RN (MPF/RN) ingressou com uma Ação Civil Pública
(ACP) contra o comerciante Haroldo da Fonseca e Silva.
Ele
é dono da barraca Ponta do Barravento, que ocupa ilegalmente uma área na Praia
do Madeiro, próximo à Praia de Pipa, município de Tibau do Sul, transmite
informação da assessoria de imprensa do MPF potiguar.
Além
de a barraca ter sido erguida em área da União e de uso comum, sem qualquer
autorização, foram construídos irregularmente uma escadaria de acesso e um deck
de madeira na base da falésia, que é área de preservação permanente.
A
ação do MPF, de autoria do procurador da República Fernando Rocha, originou-se
de uma autuação feita pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU), em 2015, na
qual se constatou o funcionamento da barraca, sem prévia autorização.
O
Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (IDEMA/RN) confirmou
que a barraca se encontra em área da União e a escada e o deck em área de
preservação.
“Vale salientar que a construção de tal
estrutura ocasiona não só danos ao meio ambiente, como também oferece riscos à
população (...), uma vez que a falésia pode atuar de forma instável sem a
cobertura vegetal”, alerta o MPF.
De
acordo com o Código Florestal, é de preservação permanente a faixa de “cem metros da borda do tabuleiro ou chapada
a contar da linha de ruptura do relevo” e tal descrição inclui as falésias,
como aquela na qual foram construídas a escada e o deck de madeira.
Igualmente
ilegal é a ocupação de terreno de marinha, que inclui a área localizada até 33
metros medidos horizontalmente, para a parte da terra, da posição da linha de
preamar.
Os terrenos de marinha são patrimônio da União.
Os terrenos de marinha são patrimônio da União.
A
barraca, cuja propriedade foi assumida por Haroldo da Fonseca após a morte do
sogro, não tem como ser regularizada.
Diante
disso, o MPF requer na ação, inclusive através de liminar, que cessem todas as
atividades no local e se recupere o meio ambiente degradado, procedendo a
demolição e retirada das edificações da área da falésia e da praia. A ação, que
tramita na Justiça Federal sob o nº 0804399-87.2017.4.05.8400, pede ainda uma
indenização pelo tempo em que o meio ambiente foi utilizado indevidamente, no
valor de R$ 50 mil.
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