quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Opinião: George Soares comenta sobre momento do sistema prisional e apresenta alternativa

Foto: João Gilberto/Assecom ALRN
A assessoria de comunicação social da Assembleia Legislativa do RN, na capital do estado, envia artigo assinado pelo deputado estadual George Soares (PR), no qual o parlamentar expressa seu ponto de vista sobre o instante delicado de crise que abrange o sistema posicional potiguar e expõe ideias que podem ajudar a contornar tal panorama.
Leia:

Em meio à crise instalada, atualmente, no sistema penitenciário do estado, envolvendo rebeliões entre facções criminosas, queremos falar sobre a alternativa que apresentamos em 2016, na Assembleia Legislativa do RN, em relação ao método da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC), que conhecemos na cidade de Macau. A APAC Macau é a prova que é possível fazer diferente. A unidade não é uma penitenciária, mas sim uma casa de recuperação que, sobretudo, envolve trabalho e a família do apenado em seu processo de ressocialização. O apenado inserido no método APAC custa aos cofres públicos três vezes menos do que custa dentro de uma unidade prisional convencional. Além disso, o sistema penitenciário comum não tem conseguido manter os presos dentro dos presídios e, aqueles que consegue manter, não recupera e eles ainda se rebelam. É preciso somar esforços entre a Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça e Governo do Estado para dar alcance ao método APAC que é um modelo eficaz e que tem alcançado resultados excepcionais onde atua. Lutamos para inserir recursos e assegurar a construção de mais duas unidades APACs no RN, durante várias discussões na Casa Legislativa do povo potiguar. Resolver o problema do sistema prisional é fundamental para melhorar a segurança dos cidadãos nas ruas. Esse deve ser o objetivo maior de nossas ações, visto que boa parte da criminalidade cotidiana tem origem nos presídios. Essa metodologia parte do princípio que as pessoas não são irrecuperáveis. É uma mudança fundamental de cultura e um olhar da sociedade sobre os apenados que pode, se não resolver, minimizar muito esse problema e amenizar situações como as que estão ocorrendo em Alcaçuz, neste mês de janeiro.

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