Foto: João Gilberto/Assecom ALRN |
A
assessoria de comunicação social da Assembleia Legislativa do RN, na capital do
estado, envia artigo assinado pelo deputado estadual George Soares (PR), no
qual o parlamentar expressa seu ponto de vista sobre o instante delicado de
crise que abrange o sistema posicional potiguar e expõe ideias que podem ajudar
a contornar tal panorama.
Leia:
Em meio à crise
instalada, atualmente, no sistema penitenciário do estado, envolvendo rebeliões
entre facções criminosas, queremos falar sobre a alternativa que apresentamos
em 2016, na Assembleia Legislativa do RN, em relação ao método da Associação de
Proteção e Assistência aos Condenados (APAC), que conhecemos na cidade de
Macau. A APAC Macau é a prova que é possível fazer diferente. A unidade não é
uma penitenciária, mas sim uma casa de recuperação que, sobretudo, envolve
trabalho e a família do apenado em seu processo de ressocialização. O apenado
inserido no método APAC custa aos cofres públicos três vezes menos do que custa
dentro de uma unidade prisional convencional. Além disso, o sistema
penitenciário comum não tem conseguido manter os presos dentro dos presídios e,
aqueles que consegue manter, não recupera e eles ainda se rebelam. É preciso
somar esforços entre a Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça e Governo do
Estado para dar alcance ao método APAC que é um modelo eficaz e que tem
alcançado resultados excepcionais onde atua. Lutamos para inserir recursos e
assegurar a construção de mais duas unidades APACs no RN, durante várias
discussões na Casa Legislativa do povo potiguar. Resolver o problema do sistema
prisional é fundamental para melhorar a segurança dos cidadãos nas ruas. Esse
deve ser o objetivo maior de nossas ações, visto que boa parte da criminalidade
cotidiana tem origem nos presídios. Essa metodologia parte do princípio que as
pessoas não são irrecuperáveis. É uma mudança fundamental de cultura e um olhar
da sociedade sobre os apenados que pode, se não resolver, minimizar muito esse
problema e amenizar situações como as que estão ocorrendo em Alcaçuz, neste mês
de janeiro.
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