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| Foto: Reprodução |
Através
de Nota Oficial com data desta quarta-feira (1º), o diretório municipal do
Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), na cidade de Angicos, região Central do
RN, acusa frontalmente a administração do prefeito Expedito Edilson Chimbinha
Júnior (DEM), de prática de perseguição.
O
manifesto oficial da legenda é assinado pelo presidente do diretório angicano,
Johnata Cavalcante de Macêdo, e possui a redação abaixo:
O Partido
Socialismo e Liberdade (PSOL), através do seu Diretório Municipal de
Angicos-RN, CNPJ Nº. 24.648.597/0001-43, torna público e repudia os atos de
perseguição política da gestão do prefeito Expedito Edilson Chimbinha Júnior do
Democratas contra a professora do Programa de Educação de Jovens e Adultos,
Ítala Renata Barbosa Ribeiro, que foi comunicada de sua demissão na manhã da
segunda, 30 de maio de 2016, sob a alegação pueril e antidemocrática que uma
suposta postagem no Facebook onde reclamava do Poder Público (em especial da
ação dos poderes Executivo e Legislativo) na contenção da proliferação de
mosquitos, seria o motivo pelo qual estaria sendo demitida. O contrato assinada
pela professora Ítala Renata com a Prefeitura Municipal de Angicos, para
atuação no PEJA, prevê sete meses de trabalho, e, demiti-la por uma reclamação
pública é tolher as garantias democráticas do direito à liberdade de expressão.
Contudo, temos motivos e elementos suficientes para caracterizar esse processo
anacrônico também como perseguição política. A principal figura pública do PSOL
em Angicos, o professor-historiador e Mestrando em Ciências Sociais pelo
Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (PPGCS-UFRN), Modesto Neto, delegado da 12ª Conferência
Nacional de Direitos Humanos e pré-candidato do nosso partido ao Executivo
local, foi convidado pela professora Ítala Renata para proferir palestra com o
título “Direitos Humanos no Brasil”, tema correlato as discussões que a
professora promove em sala de aula sobre os direitos das mulheres. Na tarde do
dia 20 de maio, o professor Modesto Neto proferiu a sua palestra na turma da
professora Ítala Renata, o que não acarretou nenhum custo adicional ao PEJA,
tendo em vista que a palestra foi gratuita. O professor Modesto Neto e o PSOL
fazem oposição de esquerda ao Governo do Democratas e estiveram presente em
todos os atos públicos da Greve das Enfermeiras e Técnicas de Enfermagem,
contudo, prejudicar uma trabalhadora da educação no intuito de atingir nossa
principal figura pública é o sinal claro de desrespeito a democracia, o que
desnuda seu caráter antipopular e paternalista, que reduz os programas sociais
a ferramentas de arregimentar apoios. A professora Ítala Renata Barbosa Ribeiro
é esposa de José Damião dos Santos, trabalhador desempregado da Construção
Civil e vítima da grave crise econômica que o país atravessa. Pedro Vinicius
Ribeiro da Cunha de 12 anos, Stefanny Dayanne Ribeiro da Cunha de 10 anos e
Bianca Yasmim Ribeiro da Cunha de 8 anos, são filhos da professora Ítala
Renata, cuja subsistência depende do trabalho desenvolvido no PEJA. Apontamos
que não existe absolutamente nenhum motivo para a rescisão contratual e
consequente demissão da professora Ítala Renata, sua turma possui 20 alunos
cadastrado e uma frequência diária de 17 alunos, o que faz de sua turma a mais
assídua do programa no âmbito do município. A rescisão de seu contrato é um
atentado contra a liberdade de expressão, fere os princípios fundamentais da
Administração Pública, demonstra um ato de perseguição política e um
desrespeito a professora e todos os alunos do PEJA que preservam enorme
admiração, respeito e carinho pela professora e não tem acordo com sua saída. O
PSOL se solidariza com a professora Ítala Renata Barbosa Ribeiro e repudia o
ato da gestão do Democratas. O papel de um partido socialista construído por trabalhadores
é se solidarizar com qualquer trabalhador ou trabalhadora que seja vítima de
perseguição política ou que tenha seus direitos cerceados. Nós estaremos
buscando todo o aparato jurídico legal para corrigir esse grave erro e reparar
os danos causados nas instâncias da Justiça. Enquanto qualquer trabalhadora ou
trabalhador sofrer perseguição, nós lutaremos.


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