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| Foto: Reprodução |
O
blog Pauta Aberta recorre à contumaz
benevolência da colega e amiga Ana Valquíria para solicitar-lhe licença com o
objetivo de reproduzir seu artigo acerca da recente decisão do prefeito do Assú,
Ivan Júnior (PROS) de, numa canetada
só, exonerar mais de 300 servidores da gestão municipal.
O
eficiente texto de Ana Valquíria, com o título “Assú: Repetindo ato de 2012,
Ivan Júnior decide demitir, para testar fidelidade”, pode ser lido abaixo
integralmente:
Ressuscitando o
Termo de Alerta de Responsabilidade Fiscal nº 163/2014, expedido pelo TCE/RN,
em função dos gastos com pessoal ter atingido o limite estabelecido pelo artigo
20 da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, o prefeito do Assú, Ivan Lopes
Júnior resolveu exonerar todos os cargos comissionados do município. O ato,
momentaneamente isonômico, é mais um dos tantos atos assinados e autorizados
pelo prefeito, sem que para tanto realize qualquer estudo ou levantamento
técnico que o justifique. Como fica a máquina administrativa sem a presença de
300 agentes públicos a partir de terça feira (03)? Como fica a economia da
cidade, uma vez que mais de meio milhão de reais não serão injetados na
economia da cidade, no período natalino e nos dias seguintes? Como fica a vida
das pessoas que, de uma hora pra outra perdeu seu emprego e sua fonte de renda?
E suas famílias? Como fica...? Havia necessidade mesmo desta exoneração no
atacado? Não, não havia. A recomendação do TCE/RN é de 2014. Em março de 2015 o
prefeito do Assú encaminhou a Câmara PL criando mais de 40 cargos comissionados
no âmbito da PMA e o fez, alegando que a prefeitura tinha recursos para
'bancar' tal medida. De lá para cá, nenhuma medida foi tomada por Vossa
Excelência o prefeito do Assú, senhor Ivan Lopes Júnior, no sentido de diminuir
os gastos com folha de pagamento. Pois ééé... Em nenhum momento foi cogitado a
redução do salario do prefeito, vice e primeiro escalão. Em nenhum momento foi
cogitado a extinção das secretarias adjuntas, muitas delas ocupadas por esposas
e parentes de vereadores que em sua maioria, não sabe nem qual a função do
cargo ou local de trabalho. Em nenhum momento se cogitou em exonerar aqueles
diretores e assistentes executivos, que não sabem nem qual o local de sua
lotação. Em nenhum momento cogitou-se rever contratos celebrados. Em nenhum
momento se... Ah, a crise! Ufffa, a razão das exonerações, definitivamente, não
são econômicas. São politicas mesmo. Lembrando: em 30 de novembro de 2012, Vossa
Excelência assinou decreto similar. Dias depois, após conversas de pé de
ouvido, começou a nomear alguns cargos e criar tantos outros. Em outubro de
2015, a cena se repente. Será que Vossa Excelência não confia mais nos seus
auxiliares? A repetição do decreto é uma resposta clara para esta pergunta. A
propósito, alguns cargos exonerados ontem, efetivamente não o foram. A partir
de terça feira (03) alguns serão nomeados para acumular funções. Vossa
Excelência quer entrar 2016 cercado de pessoas confiáveis e que lhe conte
historinhas alegres. Quanto a cidade e aos que ocupavam os cargos com presteza
e eficiência, isso não importa para Vossa Excelência. Ele simplesmente não tem
interesse de tirar o joio do trigo. Será que é porque dar trabalho ou por que
ele prefere amêndoas a ingerir pães?


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