quinta-feira, 21 de maio de 2015

Piancó-Piranhas-Açu: Presidente do Comitê defende medidas urgentes sobre a crise hídrica

Foto: Assecom/Seapac
A Comissão Mista de Tratamento de Água e Controle das Águas do Complexo Coremas/Mãe D’água debateu a crise hídrica, no último sábado (16).
Após participar dessa reunião, verifico a necessidade do Comitê da Bacia Hidrográfica Piancó-Piranhas-Açu e os órgãos gestores de recursos hídricos estaduais e federal, fazerem um campanha forte de informações sobre o cenário hídrico da bacia e o que determina a lei 9.433/97”, afirma o agrônomo José Procópio de Lucena, presidente do Comitê, segundo matéria publicada no portal do Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (Seapac).
Para ele, falta clareza sobre a gestão de água de domínio da união e a respeito da ocorrência de vulnerabilidade quanto à oferta de água, tanto em termos de quantidade quanto de qualidade dos recursos hídricos.
A população e os tomadores de decisões precisam entender que os fatores que levaram a essa criticidade hídrica no sistema Coremas/Mãe D’água se devem principalmente ao modo de produção e consumo, à falta de gestão, fatores naturais como a reduzida pluviosidade anual e as altas taxas de evapotranspiração, que favorecem uma menor disponibilidade hídrica na bacia”, assegura.
Ele afirma que o problema de criticidade hídrica tem relações com o assoreamento dos açudes, com a retirada das matas ciliares, a alta demanda para irrigação e com a poluição hídrica.
Segundo afirma, essa poluição se dá principalmente devido ao lançamento de cargas orgânicas nos cursos d’água, por falta de saneamento básico, ausência de aterros sanitários, falta de coleta de seletiva de materiais recicláveis e pela exploração desmedida da biodiversidade.
Além desses fatores, temos a escassez atípica de chuvas verificadas na bacia desde 2012 e que se intensificou em 2015, agravando mais ainda a recomposição dos estoques de água nos 52 maiores açudes da bacia, principalmente, no sistema Mãe D’Água/Coremas, na PB, e Armando Ribeiro Gonçalves, no RN”, declara.
Ele defende a necessidade da adoção de ações regulatórias que devem ser implementadas no trecho Coremas, na PB, e Jardim de Piranhas, no RN, para minimizar os efeitos da crise.
Essas medidas deverão ser tomadas após análises técnicas e reuniões com os atores interessados, com a finalidade de estabelecer condições especiais de operação no sistema Coremas/Mãe D’água e suspensão temporária da concessão de outorgas de captações de águas para irrigações.
A desobstrução da calha dos rios é outro problema que deve ser resolvido.

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