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| Foto: Assecom/Seapac |
A
Comissão Mista de Tratamento de Água e Controle das Águas do Complexo
Coremas/Mãe D’água debateu a crise hídrica, no último sábado (16).
“Após participar dessa reunião, verifico a
necessidade do Comitê da Bacia Hidrográfica Piancó-Piranhas-Açu e os órgãos
gestores de recursos hídricos estaduais e federal, fazerem um campanha forte de
informações sobre o cenário hídrico da bacia e o que determina a lei 9.433/97”,
afirma o agrônomo José Procópio de Lucena, presidente do Comitê, segundo
matéria publicada no portal do Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos
Comunitários (Seapac).
Para
ele, falta clareza sobre a gestão de água de domínio da união e a respeito da
ocorrência de vulnerabilidade quanto à oferta de água, tanto em termos de
quantidade quanto de qualidade dos recursos hídricos.
“A população e os tomadores de decisões
precisam entender que os fatores que levaram a essa criticidade hídrica no
sistema Coremas/Mãe D’água se devem principalmente ao modo de produção e
consumo, à falta de gestão, fatores naturais como a reduzida pluviosidade anual
e as altas taxas de evapotranspiração, que favorecem uma menor disponibilidade
hídrica na bacia”, assegura.
Ele
afirma que o problema de criticidade hídrica tem relações com o assoreamento
dos açudes, com a retirada das matas ciliares, a alta demanda para irrigação e
com a poluição hídrica.
Segundo
afirma, essa poluição se dá principalmente devido ao lançamento de cargas
orgânicas nos cursos d’água, por falta de saneamento básico, ausência de
aterros sanitários, falta de coleta de seletiva de materiais recicláveis e pela
exploração desmedida da biodiversidade.
“Além desses fatores, temos a escassez
atípica de chuvas verificadas na bacia desde 2012 e que se intensificou em
2015, agravando mais ainda a recomposição dos estoques de água nos 52 maiores
açudes da bacia, principalmente, no sistema Mãe D’Água/Coremas, na PB, e
Armando Ribeiro Gonçalves, no RN”, declara.
Ele
defende a necessidade da adoção de ações regulatórias que devem ser
implementadas no trecho Coremas, na PB, e Jardim de Piranhas, no RN, para
minimizar os efeitos da crise.
Essas
medidas deverão ser tomadas após análises técnicas e reuniões com os atores
interessados, com a finalidade de estabelecer condições especiais de operação
no sistema Coremas/Mãe D’água e suspensão temporária da concessão de outorgas
de captações de águas para irrigações.
A
desobstrução da calha dos rios é outro problema que deve ser resolvido.


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