O
Brasil é o “lanterninha” em um ranking
internacional que compara a eficiência dos sistemas educacionais de vários
países, levando em conta parâmetros como os salários dos professores, as
condições de trabalho na escola e o desempenho escolar dos alunos.
A
informação é publicada por BBC Brasil.
O
ranking é de setembro do ano passado,
mas volta à tona no momento em que o governo paranaense aprova uma redução nos
benefícios previdenciários dos professores do estado.
O
estudo internacional foi elaborado pela consultoria Gems Education Solutions
usando dados dos mais de 30 países da Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) e alguns emergentes, como o Brasil.
Nele,
o país aparece como um dos últimos em termos de salário pago aos professores,
por exemplo.
O
valor que os educadores brasileiros recebem (US$ 14,8 mil por ano, calculado
por uma média de 15 anos e usando o critério de paridade de poder de compra)
fica imediatamente abaixo do valor pago na Turquia e no Chile, e acima apenas
de Hungria e Indonésia.
Os
salários mais altos são na Suíça (US$ 68,8 mil) e na Holanda (US$ 57,8 mil).
Os
professores brasileiros também são responsáveis por mais estudantes na sala de
aula: 32 alunos, em média, para cada orientador, comparado com 27 no segundo
lugar, o Chile, e menos de oito em Portugal.
Combinando
fatores como estes com o desempenho dos alunos – entre os piores entre os
países pesquisados – a consultoria coloca o sistema educacional brasileiro como
o mais ineficiente da lista.
Para
a consultoria, a meta seria um salário quase três vezes maior que o atual.
Os
dados mais recentes da OCDE mostram as debilidades no gasto educacional
brasileiro.
Segundo
a organização, o gasto do governo brasileiro com educação cresceu rapidamente
desde o ano 2000, atingindo 19% do seu orçamento em 2011 – a média da OCDE foi
de 13%.
O
gasto público com educação chegou a 6,1% do PIB brasileiro, acima da média da
OCDE de 5,6%, e à frente da proporção de outros latino-americanos como Chile
(4,5%) e México (5,2%).
Porém,
o gasto do Brasil com a educação pública foi o segundo menor de todos os países
da OCDE e parceiros – US 3.066,00, contra uma média de US$ 9.487,00.
O
país ficou em 34º no ranking de 35
países da organização.


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