quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Pesquisa: Eleitor não se importa se candidato responde a processo na Justiça

Uma pesquisa mostra que eleitor não se preocupa se o candidato é acusado por irregularidades.
Homens, brancos e ricos são a maioria dos escolhidos.
A reportagem é de Afonso Benites e publicada pelo jornal El País.
Ao menos 19 dos 28 candidatos aos governos estaduais que participam do segundo turno no próximo domingo (26) respondem a processos judiciais.
Isso representa dois terços dos concorrentes nos 14 Estados onde ocorrerão as disputas.
Os dados são de um levantamento até então inédito da ONG Transparência Brasil, segundo o qual, 11 desses concorrentes já tiveram condenações por processos criminais ou administrativos.
São ações que tratam de crimes como corrupção ativa e passiva, abuso de poder econômico, improbidade administrativa, irregularidade em contas públicas, uso indevido de meios de comunicação, fraude em licitações, enriquecimento ilícito e compra de votos.
Há Estados (ou unidade da federação) onde os dois concorrentes respondem a processos movidos pelo Ministério Público ou por Tribunais de Contas: PB, DF, GO, MS, RS, AP e RO.
Entre os candidatos processados há dois que já tiveram seus mandatos cassados, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Expedito Júnior (PSDB-RO), além de um que foi condenado a pena de três meses em regime aberto por descumprir uma decisão judicial, Confúcio Moura (PMDB-RO).
Os dados mostram que o fato de o candidato estar envolvido em processos ou ter sido condenado na Justiça ou nos Tribunais de Contas tem pouca influência sobre o processo decisório do eleitor”, ponderam as pesquisadoras Juliana Sakai e Raquel Soto Raffaelli, da ONG Transparência Brasil.

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