Uma
pesquisa mostra que eleitor não se preocupa se o candidato é acusado por
irregularidades.
Homens,
brancos e ricos são a maioria dos escolhidos.
A
reportagem é de Afonso Benites e publicada pelo jornal El País.
Ao
menos 19 dos 28 candidatos aos governos estaduais que participam do segundo
turno no próximo domingo (26) respondem a processos judiciais.
Isso
representa dois terços dos concorrentes nos 14 Estados onde ocorrerão as
disputas.
Os
dados são de um levantamento até então inédito da ONG Transparência Brasil, segundo o qual, 11 desses concorrentes já
tiveram condenações por processos criminais ou administrativos.
São
ações que tratam de crimes como corrupção ativa e passiva, abuso de poder
econômico, improbidade administrativa, irregularidade em contas públicas, uso
indevido de meios de comunicação, fraude em licitações, enriquecimento ilícito
e compra de votos.
Há
Estados (ou unidade da federação) onde os dois concorrentes respondem a
processos movidos pelo Ministério Público ou por Tribunais de Contas: PB, DF,
GO, MS, RS, AP e RO.
Entre
os candidatos processados há dois que já tiveram seus mandatos cassados, Cássio
Cunha Lima (PSDB-PB) e Expedito Júnior (PSDB-RO), além de um que foi condenado
a pena de três meses em regime aberto por descumprir uma decisão judicial,
Confúcio Moura (PMDB-RO).
“Os dados mostram que o fato de o candidato
estar envolvido em processos ou ter sido condenado na Justiça ou nos Tribunais
de Contas tem pouca influência sobre o processo decisório do eleitor”,
ponderam as pesquisadoras Juliana Sakai e Raquel Soto Raffaelli, da ONG Transparência Brasil.


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