O
número de candidatos a deputado federal que se apresentam com títulos
religiosos – padre, pastor, missionário, bispo e outros – cresceu 54% nas
eleições de 2014 em comparação com o pleito de 2010.
Levantamento
feito pelo jornal O Estado de S. Paulo
nos registros da Justiça Eleitoral encontrou 108 postulantes à Câmara que
buscam votos com "nomes para urna" que fazem menções a crenças
religiosas.
Em
2010, foram 70.
Apenas
candidaturas que constam como deferidas pela Justiça foram consideradas para
essa comparação.
Em
2014, os postulantes a deputado federal com títulos religiosos são 1,87% dos
5.774 candidatos à Câmara cujas candidaturas foram oficializadas pelo Judiciário.
Também
é um aumento em relação a 2010, quando essas candidaturas representaram 1,43%
dos 4.903 concorrentes. Entre as duas proporções, o aumento foi de 30,7%.
Hoje,
apenas cinco deputados se apresentam assim.
Equivalem
a 0,97% dos 513 integrantes da Casa.
As
bancadas religiosas, porém, são maiores.
São
integradas por parlamentares sem títulos religiosos.
Dos
candidatos com nomes que se referem a religiões em 2014, pouco menos de 2/3
(71, o equivalente a 65% do total) é formada por pastoras e pastores evangélicos.
Nas
eleições gerais de 2010, foram 42 postulantes, 60% do total.
Os
padres são em número muito menor: um nas eleições atuais, contra cinco há quatro
anos.
Na
campanha atual, há ainda sete bispos e duas bispas (contra três no pleito
passado).
Também
foram encontrados três missionárias e dois missionários em 2014, para,
respectivamente, três mulheres e três homens que se apresentaram com esses
títulos em 2010.


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