Mais
da metade dos trabalhadores nos países emergentes do G20 está perto da linha da
pobreza, segundo um estudo conjunto realizado pela Organização Internacional do
Trabalho (OIT), a Organização para a Cooperação Econômica (OCDE) e o Banco
Mundial, divulgado nesta terça-feira.
A
reportagem é de Daniela Fernandes, publicada pela BBC Brasil.
Segundo
o relatório Mercados de Trabalho do G20: perspectivas, principais desafios e
respostas políticas, cerca de 837 milhões de trabalhadores nas economias
emergentes do G20 "são pobres" e ganharam somente até US$ 4 por dia
(cerca de R$ 9,00 na cotação atual) em 2013.
Desse
total, estima-se que 447 milhões de trabalhadores nos países emergentes do G20
sejam "extremamente" pobres (renda inferior à linha da pobreza, que é
de US$ 1,25 por dia) ou "moderadamente" pobres, com ganhos de até US$
2,00 diários.
Os
com salários de US$ 2,00 a US$ 4,00 são considerados "próximos à
pobreza".
O
G20 reúne as principais economias ricas e emergentes, além da União Europeia, e
representa 80% do comércio mundial.
Os
dados em relação à pobreza dos trabalhadores nos emergentes do G20 incluem
números do Brasil, China, Rússia, Índia, África do Sul (que formam os Brics),
além da Argentina, Indonésia, México, Arábia Saudita e Turquia.
O
estudo foi divulgado na véspera da reunião de ministros do Trabalho do G20, que
será realizada em Melbourne, na Austrália, nos dias 10 e 11.
O
documento ressalta que os emergentes do G20 fizeram "progressos
enormes" na redução da pobreza extrema (abaixo de U$ 1,25) e moderada dos
trabalhadores.
Nesses
países, o número de pessoas que ganham até US$ 2,00 diários foi reduzido pela
metade desde 1991, totalizando atualmente 447 milhões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário