quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Estudo: Pobreza ronda maioria dos trabalhadores de países emergentes

Mais da metade dos trabalhadores nos países emergentes do G20 está perto da linha da pobreza, segundo um estudo conjunto realizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Organização para a Cooperação Econômica (OCDE) e o Banco Mundial, divulgado nesta terça-feira.
A reportagem é de Daniela Fernandes, publicada pela BBC Brasil.
Segundo o relatório Mercados de Trabalho do G20: perspectivas, principais desafios e respostas políticas, cerca de 837 milhões de trabalhadores nas economias emergentes do G20 "são pobres" e ganharam somente até US$ 4 por dia (cerca de R$ 9,00 na cotação atual) em 2013.
Desse total, estima-se que 447 milhões de trabalhadores nos países emergentes do G20 sejam "extremamente" pobres (renda inferior à linha da pobreza, que é de US$ 1,25 por dia) ou "moderadamente" pobres, com ganhos de até US$ 2,00 diários.
Os com salários de US$ 2,00 a US$ 4,00 são considerados "próximos à pobreza".
O G20 reúne as principais economias ricas e emergentes, além da União Europeia, e representa 80% do comércio mundial.
Os dados em relação à pobreza dos trabalhadores nos emergentes do G20 incluem números do Brasil, China, Rússia, Índia, África do Sul (que formam os Brics), além da Argentina, Indonésia, México, Arábia Saudita e Turquia.
O estudo foi divulgado na véspera da reunião de ministros do Trabalho do G20, que será realizada em Melbourne, na Austrália, nos dias 10 e 11.
O documento ressalta que os emergentes do G20 fizeram "progressos enormes" na redução da pobreza extrema (abaixo de U$ 1,25) e moderada dos trabalhadores.
Nesses países, o número de pessoas que ganham até US$ 2,00 diários foi reduzido pela metade desde 1991, totalizando atualmente 447 milhões.

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