Um
novo estudo internacional mostra que as regiões que abrigam 75% dos vertebrados
ameaçados estão sendo mais afetadas pelas atividades humanas do que se pensava.
A
reportagem é de Fernanda B. Müller e publicada por Instituto CarbonoBrasil.
Grande
parte das 35 regiões classificadas como hotspots
de biodiversidade ao redor do mundo sofrem com a influência das atividades
humanas, concluíram pesquisadores australianos.
Abrigando
três quartos dos mamíferos, aves, répteis e anfíbios da Terra, muitos deles
endêmicos (que não ocorrem em outros locais) e ameaçados de extinção devido à
perda de habitat, esses locais são prioritários para a conservação.
Os
pesquisadores usaram imagens de satélite de resolução moderada e alta e o Google Earth – localizando estradas,
habitações e incêndios – para mapear as áreas de vegetação ainda não
perturbadas e concluíram que cerca de 15% da cobertura original (mais de 3,5
milhões de Km²) permanece intacta.
Eles
encontraram a maior perda de vegetação nativa nas florestas tropicais da
cordilheira Gates Ocidental (Índia), nas ilhas do Pacífico, nas Montanhas do
Cáucaso e da Ásia Central, no sul da África e no Japão.
Os
autores alertam que menos de 5% da vegetação original persiste na Mata Atlântica
brasileira (um dado ainda mais alarmante do que o constatado pela SOS Mata Atlântica), na costa leste da
África, na península anatoliana (Irã e Turquia), em Madagascar, no Mediterrâneo
e na região da Micronésia-Polinésia.
A
região da Ásia-Pacífico é a de maior preocupação, já que tem a mais alta
concentração de hotspots no mundo.


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