quinta-feira, 17 de julho de 2014

Estudo: Interferência humana já impacta 85% dos hotspots de biodiversidade

Um novo estudo internacional mostra que as regiões que abrigam 75% dos vertebrados ameaçados estão sendo mais afetadas pelas atividades humanas do que se pensava.
A reportagem é de Fernanda B. Müller e publicada por Instituto CarbonoBrasil.
Grande parte das 35 regiões classificadas como hotspots de biodiversidade ao redor do mundo sofrem com a influência das atividades humanas, concluíram pesquisadores australianos.
Abrigando três quartos dos mamíferos, aves, répteis e anfíbios da Terra, muitos deles endêmicos (que não ocorrem em outros locais) e ameaçados de extinção devido à perda de habitat, esses locais são prioritários para a conservação.
Os pesquisadores usaram imagens de satélite de resolução moderada e alta e o Google Earth – localizando estradas, habitações e incêndios – para mapear as áreas de vegetação ainda não perturbadas e concluíram que cerca de 15% da cobertura original (mais de 3,5 milhões de Km²) permanece intacta.
Eles encontraram a maior perda de vegetação nativa nas florestas tropicais da cordilheira Gates Ocidental (Índia), nas ilhas do Pacífico, nas Montanhas do Cáucaso e da Ásia Central, no sul da África e no Japão.
Os autores alertam que menos de 5% da vegetação original persiste na Mata Atlântica brasileira (um dado ainda mais alarmante do que o constatado pela SOS Mata Atlântica), na costa leste da África, na península anatoliana (Irã e Turquia), em Madagascar, no Mediterrâneo e na região da Micronésia-Polinésia.
A região da Ásia-Pacífico é a de maior preocupação, já que tem a mais alta concentração de hotspots no mundo.

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