Dilma Rousseff |
O
comando da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) está
preocupado com o voto evangélico, um eleitorado que representa 22,2% da
população, ou 42,3 milhões de brasileiros, segundo o último Censo do IBGE.
A
avaliação interna é que Dilma não cultivou os laços com o segmento, e agora
será mais difícil conquistar esse eleitorado, sobretudo diante da candidatura
de um de seus representantes, o Pastor Everaldo Pereira (PSC), da Assembleia de
Deus.
A
reportagem é de Andrea Jubé e Bruno Peres, publicada pelo jornal Valor.
Na
última eleição, uma onda de boatos de que a petista defenderia a legalização do
aborto no país e a união civil entre pessoas do mesmo sexo é apontada por
dilmistas como um dos fatores que impediu a vitória no primeiro turno.
Naquele
ano, um grupo arregimentado às pressas pelo ministro-chefe da Secretaria Geral
da Presidência, Gilberto Carvalho, se uniu para declarar apoio a Dilma no
segundo turno.
Em
troca, ela teve de assinar um documento comprometendo-se com o direito à vida e
a não apoiar a união civil entre homossexuais.
O
grupo era formado pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e pelo bispo Robson
Rodovalho, ambos da Sara Nossa Terra; pelo bispo Manoel Ferreira, da Assembleia
de Deus de Madureira; pelo senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), ex-bispo da
Igreja Universal do Reino de Deus; pelo senador Magno Malta (PR-ES), da
Assembleia de Deus; pelo senador Walter Pinheiro (PT-BA), da Igreja Batista,
entre outros.
Agora,
entretanto, o grupo se dispersou e a maioria não deve reiterar o apoio a Dilma.
A
determinação da cúpula dilmista é restabelecer o quanto antes o diálogo com os
fiéis.
Gilberto
Carvalho e Crivella foram escalados para a missão.
Ambos
reuniram-se há um mês para discutir o assunto com o ministro-chefe da Casa
Civil, Aloizio Mercadante.
Ficou
acertado que Dilma receberá lideranças evangélicas nos próximos dias.
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