A
indústria voltou a demitir fora do período sazonal em junho e foi a principal
contribuição negativa para a geração fraca de vagas formais mostrada pelo
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) – 25,4 mil postos, pior
resultado para o mês desde 1998.
No
período, a indústria cortou 28,5 mil trabalhadores, retração semelhante à de
maio, e registrou números negativos em todos os 12 segmentos.
Os
serviços e as admissões temporárias da agropecuária ajudaram a elevar o saldo,
já que a construção civil e o comércio também demitiram mais do que contrataram
no mês.
A
reportagem é de Camilla Veras Mota, Edna Simão e Lucas Marchesini, publicada
pelo jornal Valor.
Os
economistas consultados pelo jornal já esperavam a retração do emprego na
indústria em junho, já que a produção do setor acumula queda de 1,6% entre
janeiro e maio, mas se surpreenderam com o patamar elevado de demissões.
Fernanda
Guardado, do banco Brasil Plural, ressalta que a média de criação de postos com
carteira assinada pela indústria em junho na série do Caged, que começa em
1995, é de 21 mil novos empregos.
São
Paulo respondeu por 16,4 mil das 28,5 mil demissões de junho.
Entre
os segmentos, o de material de transporte apurou pior saldo, com 5,5 mil
cortes.


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