A
exploração do trabalho forçado no mundo gera lucro de US$ 150 bilhões por ano –
cerca de R$ 331,5 bilhões –, segundo dados da Organização Internacional do
Trabalho (OIT).
Estima-se
que 21 milhões de homens, mulheres e crianças são vítimas de exploração por uma
rede ilegal que movimenta diversos setores – prostituição, agricultura,
construção civil, mineração e trabalho doméstico, por exemplo.
A
exploração sexual é a atividade que gera maiores lucros.
Os
exploradores chegam a ter ganhos de US$ 99 bilhões anuais, 66% de todo o lucro
gerado no mundo com o trabalho forçado, de acordo com o relatório Estimativas
Econômicas Globais do Trabalho Forçado da OIT, divulgado segunda (19).
A
reportagem é de Carolina Sarres, publicada pela Agência Brasil.
Setores
da economia, em geral, como construção, comércio, serviços, lucram US$ 34
bilhões com o uso do trabalho forçado; agricultura e pesca, US$ 9 bilhões; e,
trabalho doméstico, US$ 8 bilhões.
Se
o lucro de todas as pessoas que exploram mão de obra fosse reunido, seria
possível formar a renda de um país que ocuparia o 58º lugar entre os 189 países
avaliados pelo Banco Mundial.
Do
total de 21 milhões de pessoas exploradas, 90% estão na economia privada.
Regionalmente,
56%, 12 milhões, estão concentradas na Ásia e no Pacífico e geram um lucro
regional de quase US$ 52 bilhões.
Apesar
da concentração de pessoas exploradas nessa região do mundo, a exploração nos
países desenvolvidos é a que gera mais lucros por pessoa.
Cada
trabalhador vítima de trabalho forçado nas economias desenvolvidas, as quais
incluem Estados Unidos, União Europeia e Japão, por exemplo, gera um lucro de
US$ 34,8 mil por ano.
No
Oriente Médio, onde há o segundo maior lucro, são US$ 15 mil.
Na
América Latina, os ganhos são de US$ 12 bilhões por ano, com lucro de US$ 7,5
mil produzido por cada vítima, a cada ano.
A
África e a região da Ásia e do Pacífico são os lugares em que os lucros são os
mais baixos por pessoa: US$ 3,9 mil e US$ 5 mil, respectivamente.


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