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| Pedro Dallari |
O
coordenador da Comissão Nacional da Verdade (CNV), Pedro Dallari, afirmou
durante ato político em São Paulo que contou com a presença de comissões da
verdade de 20 outros Estados, que o primeiro esboço do relatório final das
investigações ficará pronto em agosto deste ano, a quatro meses do prazo para
entrega da versão final do texto que representará a visão oficial do Estado
brasileiro sobre os períodos autoritários entre 1946 e 1988.
Sem
citar números exatos, Dallari disse ainda que a coleta de relatos sobre crimes
cometidos pelo estado brasileiro contra indígenas e a população do campo
multiplicará a listagem oficial corrente de mortos e desaparecidos por
perseguição política, que é de 827 casos.
A
reportagem é da Rede Brasil Atual – RBA.
Será
a segunda vez que o Governo Federal irá rever para cima o número de vítimas de
crimes contra a humanidade durante a ditadura.
Em
2012, na mesma semana em que foi criada a Comissão Nacional da Verdade, a
Secretaria de Direitos Humanos, então capitaneada pela deputada federal gaúcha Maria
do Rosário (PT), somou 370 casos aos 457 oficialmente reconhecidos até então, a
maioria, já naquela época, de trabalhadores rurais e de populações indígenas
que acabaram ignorados pela Comissão de Mortos e Desaparecidos, criada pelo
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB, 1995-2002) no primeiro ano de
seu governo.
Dallari
destacou ainda que, mais importante do que os números de vítimas, será a
humanização da narrativa sobre suas lutas no relatório final.


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