terça-feira, 8 de abril de 2014

Genocídio: Ruanda denuncia à Unesco a atitude da Igreja Católica

Jacques Kabalé
O representante da Ruanda na Unesco, órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) para a para a Educação, a Ciência e a Cultura, Jacques Kabalé, denunciou segunda-feira (07) a atitude da Igreja Católica durante o genocídio de 1994, afirmando que “alguns de seus membros encobriram essas ações criminosas”.
A reportagem está publicada no jornal belga DH, com tradução de André Langer.
O embaixador francês junto à Unesco, Philippe Lalliot, não se manifestou depois da cerimônia na tribuna da agência da ONU, contrariamente ao que anunciou no programa da “Jornada internacional de reflexão sobre o genocídio de 1994 na Ruanda”.
A Igreja Católica, poder moral, instituição importante na vida internacional, refugiou-se no silêncio”, declarou o embaixador da Ruanda na França e representante junto à Unesco, Jacques Kabalé.
Seu abandono foi vivamente sentido, mais ainda porque alguns de seus membros encobriram essas ações criminosas”, acrescentou.
Muitas igrejas na Ruanda tornaram-se lugares de memória de massacres de dezenas de milhares de tutsis que foram até elas para encontrar refúgio”, completou.
O Papa Francisco exortou, na quinta-feira (03), os bispos ruandeses a tomar “a iniciativa” de trabalhar pela reconciliação nacional, “fortalecendo as relações de confiança com o Estado” e apoiando as famílias feridas.
Ele pediu à Igreja católica ruandesa para “falar uma só voz”, “superando os preconceitos e as divisões étnicas”.

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