Novos
documentos revelaram um dado chocante da Copa do Mundo de 2022, planejada para
acontecer no Catar: só em 2013, 185 operários morreram, todos imigrantes do
Nepal.
Segundo
o jornal britânico The Guardian, nos
últimos dois anos foram 382 mortes confirmadas, mas novos casos devem vir à
tona.
A
reportagem é de Guilherme Dearo, publicada pela revista Exame.
Também
há trabalhadores da Índia, Paquistão e Sri Lanka.
Os
operários são expostos a longas jornadas de trabalho e lidam com um ambiente de
trabalho pouco seguro e carente de infraestrutura adequada.
Há
relatos de condições análogas à escravidão nas obras da Copa.
Passaportes
são confiscados e os salários são retidos pelos chefes durante meses.
Tudo
isso com um calor de 50 graus Celsius sobre a cabeça.
Muitos
se machucam seriamente ou morrem após caírem de grandes alturas.
Outros
se suicidaram.
Os
nepaleses são a sexta força de trabalho imigrante no Catar, que tem cerca de
dois milhões de pessoas nessas condições.
Entidades
do Nepal agora estão lutando para trazer adequadamente os corpos dos
trabalhadores de volta para o país, para serem entregues à família.
Pressionada,
a FIFA garantiu que não vai tapar os olhos na questão dos trabalhadores e vai
pressionar o ministro do trabalho do Catar para resolver a questão.
Em
2011, a entidade tinha garantido que iria trabalhar junto da International Trade Union Confederation para
zelar pela segurança dos operários envolvidos com os jogos.
O
governo do Catar garante que está pressionando as empreiteiras a respeitarem as
leis trabalhistas.
Segundo
o Ministério do Trabalho local, "pelo menos 99%" das empresas estão
cumprindo a lei.


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