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| Charles Scicluna |
Apesar
de um comunicado anterior do Vaticano negar uma história da Associated Press (AP) de que quase 400 padres
haviam sido excomungados por abusos sexuais de menores de idade entre os anos
de 2011 e 2012, um bispo conhecedor das estatísticas disse à agência de
notícias que a história era verdadeira.
O
porta-voz do Vaticano também confirmou a história em uma resposta enviada ao
portal eletrônico National Catholic Reporter (NCR).
A
reportagem é de John L. Allen Jr. e publicada sexta-feira (17) pela NCR, com
tradução de Isaque Gomes Correa.
O
bispo auxiliar Charles Scicluna, de Malta, que serviu por 10 anos como advogado
de acusação do Vaticano para questões de abusos sexuais na Igreja e que
representou a Santa Sé durante a audiência de quinta-feira (16), na Organização
das Nações Unidas (ONU), perante o Comitê dos Direitos da Criança, contou ao
NCR que, em 2011 e 2012, 384 padres foram ou voluntariamente desligados do
estado clerical ou tiveram sua laicização imposta como penalidade para casos
relacionados a abusos sexuais.
Dom
Scicluna falou ao NCR sexta-feira (17) por telefone.
Com
base em informações fornecidas no volume publicado sob o título Atividades da Santa Sé, de acordo com
Dom Scicluna, houve 135 padres em 2011 que voluntariamente pediram desligamento
de seu estado clerical e 125 tiveram a laicização imposta como penalidade.
Já
em 2012, os números são: 67 desligamentos voluntários e 57 casos nos quais a
laicização foi imposta.
No
total, estes números chegam a 384 sacerdotes num período de dois anos que foram
afastados do sacerdócio devido a casos relacionados com abusos sexuais de
menores.
No
início desta noite, o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, negou
inicialmente esta reportagens, dizendo que ela estava baseada em uma confusão
ocorrida entre os casos reportados ao Vaticano e o resultado final de tais
casos.
Posteriormente,
o porta-voz disse que a reportagem da AP estava “correta” e que não estava baseada “numa confusão com os casos reportados”.


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