quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Jogos de Inverno: Altos gastos fazem Suécia desistir de candidatura olímpica

A candidatura de Estocolmo, Suécia, para sediar os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 foi enterrada praticamente em bloco pelos partidos políticos suecos, com apoio do próprio prefeito da capital sueca e também do primeiro-ministro da Suécia, Fredrik Reinfeldt.
A reportagem é de Cláudia Varejão Wallin, publicada por BBC Brasil.
Três argumentos centrais orientaram a decisão, confirmada na sexta-feira (17): para os políticos suecos a cidade tem prioridades mais importantes, a conta dos gastos para realizar o evento na cidade seria alta demais, e um eventual prejuízo com a organização dos Jogos teria que ser coberta com o dinheiro dos contribuintes.
"Não posso recomendar à Assembleia Municipal que dê prioridade à realização de um evento olímpico", disse o prefeito de Estocolmo, Sten Nordin, em declarações publicadas sábado (18) pelo jornal Dagens Nyheter.
"Precisamos priorizar outras necessidades, como a construção de mais moradia na cidade”, registrou o prefeito.
Nos últimos dias, diversos partidos políticos vieram a público defender a rejeição candidatura da cidade.
Na avaliação dos partidos, o plano apresentado pelo Comitê Olímpico sueco apresentou cálculos pouco realistas e projeções exageradamente otimistas sobre a receita da venda de bilhetes para o evento.
O orçamento previsto pelo Comitê para a realização dos Jogos era de aproximadamente 10 bilhões de coroas suecas, o equivalente a cerca de R$ 3,6 bilhões.
"Quando se trata de custos deste calibre, os cidadãos que pagam impostos exigem de seus políticos mais do que previsões otimistas e boas intuições. Não é possível conciliar um projeto de sediar os Jogos Olímpicos com as prioridades de Estocolmo em termos de habitação, desenvolvimento e providência social", disse o secretário municipal de Meio Ambiente da capital sueca, Per Ankersjö, em artigo publicado quinta-feira (16) no jornal Dagens Nyheter.

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