A
candidatura de Estocolmo, Suécia, para sediar os Jogos Olímpicos de Inverno de
2022 foi enterrada praticamente em bloco pelos partidos políticos suecos, com
apoio do próprio prefeito da capital sueca e também do primeiro-ministro da
Suécia, Fredrik Reinfeldt.
A
reportagem é de Cláudia Varejão Wallin, publicada por BBC Brasil.
Três
argumentos centrais orientaram a decisão, confirmada na sexta-feira (17): para
os políticos suecos a cidade tem prioridades mais importantes, a conta dos
gastos para realizar o evento na cidade seria alta demais, e um eventual
prejuízo com a organização dos Jogos teria que ser coberta com o dinheiro dos
contribuintes.
"Não posso recomendar à Assembleia Municipal
que dê prioridade à realização de um evento olímpico", disse o
prefeito de Estocolmo, Sten Nordin, em declarações publicadas sábado (18) pelo
jornal Dagens Nyheter.
"Precisamos priorizar outras necessidades,
como a construção de mais moradia na cidade”, registrou o prefeito.
Nos
últimos dias, diversos partidos políticos vieram a público defender a rejeição
candidatura da cidade.
Na
avaliação dos partidos, o plano apresentado pelo Comitê Olímpico sueco
apresentou cálculos pouco realistas e projeções exageradamente otimistas sobre
a receita da venda de bilhetes para o evento.
O
orçamento previsto pelo Comitê para a realização dos Jogos era de
aproximadamente 10 bilhões de coroas suecas, o equivalente a cerca de R$ 3,6 bilhões.
"Quando se trata de custos deste calibre, os
cidadãos que pagam impostos exigem de seus políticos mais do que previsões
otimistas e boas intuições. Não é possível conciliar um projeto de sediar os
Jogos Olímpicos com as prioridades de Estocolmo em termos de habitação,
desenvolvimento e providência social", disse o secretário municipal de
Meio Ambiente da capital sueca, Per Ankersjö, em artigo publicado quinta-feira
(16) no jornal Dagens Nyheter.


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