domingo, 12 de janeiro de 2014

Homossexualidade: No futebol brasileiro, tema é tabu ainda longe de ser quebrado

No país onde jogar bola é esporte majoritariamente masculino, homofobia é tema raramente debatido.
Medo de danos irreversíveis à carreira e preconceito por parte de torcida e colegas impedem jogadores de se assumirem.
A reportagem é do portal eletrônico alemão Deustche Welle.
Dificilmente um jogador brasileiro assumiria publicamente a homossexualidade como fez o alemão Thomas Hitzlsperger.
O ex-meia afirmou que resolveu revelar sua orientação sexual para alavancar o debate sobre o tema que, no futebol, ainda é grande tabu.
No Brasil, o preconceito é grande – e uma atitude como essa poderia causar danos irreparáveis a uma carreira.
É possível ter uma dimensão do tamanho desse preconceito pelas reações causadas por uma fotografia publicada nas redes sociais pelo atacante Emerson Sheik, do Corinthians.
Em agosto de 2013, ele postou uma foto dando um selinho em um amigo.
Na legenda, escreveu: "Amizade sem medo do que os preconceitos vão dizer".
A imagem causou um estardalhaço nas redes sociais.
A polêmica foi tão grande que o jogador teve que se retratar com os torcedores que se sentiram ofendidos, pedindo desculpas.
De tão polêmico, o tema não costuma sequer ser debatido no Brasil.
Outros exemplos que mostram o quão controverso é o assunto são os jogadores sobre os quais a mídia publica insinuações sobre sua orientação sexual.
Apenas o rumor causa desconforto, e os jogadores acabam forçados a ir a público reiterar sua heterossexualidade.
"A homossexualidade existe em todas as esferas e atividades da vida humana, mas o futebol é o ambiente onde os atletas têm mais dificuldade de demonstrá-la, porque tradicionalmente essa modalidade é vista como um espaço de homens – e homens viris", afirma Ronaldo George Helal, coordenador do grupo de pesquisa Esporte e Cultura da Universidade do Estado do RJ (Uerj).

Nenhum comentário:

Postar um comentário