No
país onde jogar bola é esporte majoritariamente masculino, homofobia é tema
raramente debatido.
Medo
de danos irreversíveis à carreira e preconceito por parte de torcida e colegas
impedem jogadores de se assumirem.
A
reportagem é do portal eletrônico alemão Deustche
Welle.
Dificilmente
um jogador brasileiro assumiria publicamente a homossexualidade como fez o
alemão Thomas Hitzlsperger.
O
ex-meia afirmou que resolveu revelar sua orientação sexual para alavancar o
debate sobre o tema que, no futebol, ainda é grande tabu.
No
Brasil, o preconceito é grande – e uma atitude como essa poderia causar danos
irreparáveis a uma carreira.
É
possível ter uma dimensão do tamanho desse preconceito pelas reações causadas
por uma fotografia publicada nas redes sociais pelo atacante Emerson Sheik, do
Corinthians.
Em
agosto de 2013, ele postou uma foto dando um selinho em um amigo.
Na
legenda, escreveu: "Amizade sem medo
do que os preconceitos vão dizer".
A
imagem causou um estardalhaço nas redes sociais.
A
polêmica foi tão grande que o jogador teve que se retratar com os torcedores
que se sentiram ofendidos, pedindo desculpas.
De
tão polêmico, o tema não costuma sequer ser debatido no Brasil.
Outros
exemplos que mostram o quão controverso é o assunto são os jogadores sobre os
quais a mídia publica insinuações sobre sua orientação sexual.
Apenas
o rumor causa desconforto, e os jogadores acabam forçados a ir a público reiterar
sua heterossexualidade.
"A homossexualidade existe em todas as
esferas e atividades da vida humana, mas o futebol é o ambiente onde os atletas
têm mais dificuldade de demonstrá-la, porque tradicionalmente essa modalidade é
vista como um espaço de homens – e homens viris", afirma Ronaldo
George Helal, coordenador do grupo de pesquisa Esporte e Cultura da
Universidade do Estado do RJ (Uerj).


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