Uma
área quase do tamanho do Brasil pode estar degradada até 2050 se as terras no
mundo continuarem sendo manejadas com práticas não sustentáveis, como acontece
atualmente.
Essa
é a mensagem principal de um relatório divulgado esta semana pelo Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), a agência ambiental da Organização
das Nações Unidas (ONU).
A
reportagem é de Daniela Chiaretti, publicada no jornal Valor.
O
estudo Assessing Global Land Use:
Balancing Consumption with Sustainable Supply diz, no título, qual será o
desafio da agricultura nas próximas décadas – equilibrar a demanda de uma
população em crescimento com fornecimento sustentável.
O
relatório foi produzido pelo Painel Internacional de Recursos, um grupo formado
em 2007 e que reúne 27 pesquisadores internacionais, 33 governos e outras
organizações.
Por
trás da ameaça de degradação estão também níveis "insustentáveis e desproporcionais de consumo", diz o estudo,
que analisa alimentos, biocombustíveis e fibras como o algodão.
A
pressão sobre as áreas de cultivo globais também pode ocorrer de forma
indireta, com a forte tendência de urbanização atual e a população migrando
para as cidades.
Mais
de 5% da terra no mundo (algo perto de 15 bilhões de hectares) estará coberta
por áreas construídas em 2050, informa o Pnuma.
Segundo
material divulgado à imprensa, entre 1961 e 2007, as terras cultivadas globais
cresceram 11%.
O
risco é de mais de 849 milhões de hectares estarem degradados até 2050.
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