Em
um contexto marcado por denúncias constantes de assédio moral organizacional,
aquele que não é pontual, mas sim sistemático, por afastamentos relacionados a
problemas de saúde e até por suicídios, a pressão por metas abusivas é vista
por dois em cada três bancários brasileiros como o principal problema
enfrentado pela categoria em 2013.
É
o que aponta consulta feita pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do
Ramo Financeiro (Contraf) com a participação de 37 mil trabalhadores do setor.
Dos
participantes, 66,4% reclamaram deste ponto específico.
A
reportagem é de Lisa Carstensen, publicada no portal eletrônico Repórter Brasil.
O
novo número só reforça tendência identificada por pesquisadores há alguns anos
que está relacionada com o aumento da terceirização e da precarização de
condições de trabalho.
Em
média, segundo dados de um estudo publicado em 2009 pela Universidade de Brasília
(UnB), há uma tentativa de suicídio por dia no setor bancário brasileiro.
Dessas,
uma se consuma a cada 20 dias.
Os
índices são alarmantes e, segundo Cláudia Reina, juíza do Trabalho e mestre em
Direitos Fundamentais, Justiça e Cidadania, estão relacionados a esta forma de
abuso conhecida como assédio moral organizacional, em que abusos acontecem não
em relações individuais, mas pela forma como o trabalho é organizado.


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