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| Donald Wilhite |
O
Banco Mundial está promovendo uma iniciativa no Brasil para a instalação do
primeiro sistema nacional de monitoramento constante da seca, que deverá funcionar
no Estado do CE, um dos estados mais secos do país.
A
reportagem foi publicada pelo portal EcoDebate.
O
climatólogo norte-americano Donald Wilhite está à frente do projeto e afirma
que os dados coletados vão ajudar na construção de políticas públicas para
solucionar o problema.
Por
isso, as autoridades devem estar atentas às secas para promover mudanças no
planejamento e na gestão de crises.
“Limitar-se a reagir a elas é muito custoso e
tem outras consequências negativas, não só para as pessoas, mas para os vários
setores econômicos”, enfatizou o climatólogo.
Mais
de dois bilhões de pessoas sofreram com as secas no último século e 11 milhões
morreram em função delas, segundo a Organização das Nações Unidas para
Alimentação e Agricultura (FAO), que alerta para o fato de que a seca causa
tantas ou mais perdas de vida e bens materiais do que qualquer outro fenômeno
natural, como furacões e terremotos.
Para
prevenir qualquer tipo de desastre natural, Wilhite afirma que a comunicação é
muito importante.
“Os meios de comunicação não só devem
informar sobre a seca, mas sobre o processo de planejamento contra esses
desastres. Diferentemente dos cientistas, os jornalistas sabem transmitir as
mensagens de forma que as pessoas as entendam”, declarou.
O
especialista destaca ainda que a prevenção é um processo longo e que esboçar um
plano concreto com as autoridades brasileiras deve levar em torno de seis
meses.
Segundo
ele, “é preciso tempo para integrar tanta
gente e para que todo mundo entenda o problema. E ainda mais tempo para
desenvolver as ferramentas para a ação”.


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