O
clero da Igreja da Inglaterra poderá reconhecer e celebrar casamentos entre
casais do mesmo sexo em suas cerimônias eclesiásticas, de acordo com uma série
de propostas apresentadas na quinta-feira (28) que reforçam uma aproximação
mais aberta da Igreja com a homossexualidade.
A
reportagem está publicada no portal eletrônico Religión Digital, com tradução é de André Langer.
As
propostas são apresentadas depois que a Igreja, que acolhe 80 milhões de
anglicanos em todo o mundo, retirou a proibição de que os clérigos homossexuais
que tiverem uma relação civil se convertam em bispos.
Uma
das 18 recomendações levadas adiante por um grupo que trabalhou durante dois
anos sugere que o clérigo deverá “ser capaz de oferecer cerimônias apropriadas
para celebrar uma relação homossexual com fé”.
O
grupo, que tinha alguns dissidentes, também disse que a Igreja deverá saudar e
afirmar afetuosamente “a presença dentro da Igreja de pessoas gays e lésbicas, tanto leigas como
ordenadas”.
“O
ensinamento da Igreja sobre a sexualidade está em tensão com as atitudes
sociais contemporâneas, não apenas para cristãos gays e lésbicas, mas para
cristãos heterossexuais também”, disse o informe, que não será discutido dentro
da Igreja.
O
líder espiritual da Igreja da Inglaterra, o arcebispo de Canterbury, Justin
Welby, reconheceu que houve uma “revolução” na atitude para com a
homossexualidade e que a postura contra o casamento homossexual poderá ser
vista como descompassada com relação à opinião pública.
O
Parlamento aprovou este ano os casamentos homossexuais, apesar da oposição de vários
grupos religiosos e deputados conservadores, permitindo aos casais gays
casarem-se na Inglaterra a partir de 2014.
A
Inglaterra uniu-se, assim, a outros países, como o Brasil ou a França, que
aprovaram também este ano sua lei de casamento gay em meio a uma grande
oposição por parte dos setores mais conservadores.


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