A
taxa de desemprego voltou a cair em outubro (está abaixo de 5,5% desde agosto),
mês em que foram gerados mais postos de trabalho formais do que em igual
período de 2012.
A
reportagem é de Camilla Veras Mota, Francine De Lorenzo, Elisa Soares e Murillo
Camarotto, publicada no jornal Valor.
Divulgados
quinta-feira (21) pela Pesquisa Mensal do Emprego (PME) e pelo Cadastro Geral
de Empregados e Desempregados (Caged), esse dois dados positivos, contudo,
embutem sinais de um esgotamento do mercado de trabalho.
A
estabilidade tem sido garantida mais pela redução da procura por trabalho do
que por uma ampliação mais vigorosa da geração de emprego, arranjo que deixa o
mercado de trabalho menos dinâmico e mais apertado.
A
redução no número de trabalhadores em busca de emprego levou a taxa de
desocupação no mês passado ao menor patamar para o mês de outubro desde 2002,
para 5,2%, de acordo com a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Isso
porque a População em Idade Ativa (PIA), que soma todos aqueles com mais de 10 anos de idade, avançou 1,2% em relação a outubro do ano passado, enquanto a
População Economicamente Ativa (PEA), que inclui aqueles que declaram estar
empregados ou em busca de trabalho, caiu 0,5% no conjunto das seis regiões
metropolitanas avaliadas pelo levantamento, na mesma comparação.
Essas
130 mil pessoas passaram a compor o grupo da População Não Economicamente Ativa
(PNEA), que ganhou 622 mil membros desde outubro do ano passado, 5% a mais, e
contribuiu para diminuir a pressão sobre o mercado de trabalho.
Além
da redução da PEA, o grupo dos inativos foi incrementado pelo próprio
crescimento vegetativo da população em idade ativa, os outros 422 mil.


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