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| Vladimir Safatle |
Daqui
pra frente ela irá em direção aos extremos.
Uma
sociedade, quando passa por mobilizações populares como as que vimos nas
últimas semanas, fica para sempre marcada.
Nesse
sentido, devemos nos preparar para um embate de outra natureza.
Quando
a política popular ganha as ruas em uma reação em cadeia, todo o espectro de
demandas sobe à cena.
O
comentário é de Vladimir Safatle, professor de Filosofia, e publicado pelo jornal
Folha de São Paulo nesse sábado (22).
Uma
contradição de exigências que pode dar a impressão de estarmos em um buraco negro da política.
No
entanto, não há que temê-la, pois tal contradição é a primeira manifestação de
um novo conflito de ideias que servirá de eixo de combate.
Por
isso, a política brasileira não se dará mais no interior de partidos que há
muito perderam sua função de caixa de ressonância dos embates sociais.
Ela
será decidida nas ruas.
Foi
assim em países como Tunísia e Egito.
As
manifestações foram engendradas por estudantes esquerdistas e sindicatos com
demandas parecidas com as nossas: democracia direta, reconstrução de serviços
públicos gratuitos e de qualidade, Estado de bem-estar social, luta contra
corrupção e corruptores.

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