sexta-feira, 1 de março de 2013

A história é cíclica

Há quem diga que os fatos se repetem em ciclos.
Este fenômeno cíclico é perceptível em várias situações.
Logicamente, ele existe na política também.
Quer exemplos?
Há prefeitos que, no passado, serviram-se de um instante ruim e de adversidade do governo para por em prática um expediente que, para muitos, soaria pérfido e maquiavélico.
Num enganoso gesto de desprendimento e nobreza, valorizam e elevam a figura do vice.
Este, embevecido e inebriado, sente-se prestigiado de tal modo que o deslumbramento não o permite ver que está sendo atraído para a armadilha que, no fim, longe do Olimpo que imaginou, só resta ônus e desgaste – ou seja, absorve o que, por regra, caberia a quem ficou à sombra.
A “vítima”, inadvertidamente usada para preservar o mentor do plano, capitula de forma pálida e ofuscada ao fim do enredo.
Quem se detém por observar os fatos aqui e acolá, acaba por ver a tática reeditar-se como numa sensação de déjà vu.
O personagem que exerce o papel de substituto imediato pode até ter mudado e possuir outras características.
Mas, a estratégia é reprisada de modo sagaz e em minúcias.
E, quem hoje pode ter a falsa impressão de que é enaltecido por assumir atribuições que lhe conferem um aparente crédito de confiança e poder de resolutividade, comete a estultice de não enxergar o real desígnio de quem dissimuladamente o expõe para, no fim, torná-lo peça meramente de ornamento.

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