Moradora
do principal reservatório natural d’água do Assú, a Lagoa do Piató, a servidora
pública aposentada Ivete Macedo Medeiros queixa-se que nada de efetivo
aconteceu até aqui para fazer frente aos diversos problemas que a referida
coleção hídrica está enfrentando, principalmente em decorrência do
prolongamento da estiagem.
Ivete
enfatiza que, até aqui, apesar de a questão da Lagoa ter sido exposta publicamente
em várias oportunidades, jamais surgiu uma proposta efetiva de quaisquer órgãos para tentar
minimizar as adversidades que ela atravessa.
Ela
relata que a Lagoa do Piató está praticamente seca e a pouca água que nela se encontra mostra-se
apodrecida.
Pioneira
na luta em defesa da preservação do ecossistema do Assú e do Vale, Ivete descreve
que os pescadores são forçados a superar uma enorme barreira para conseguir manter
a atividade e, mesmo assim, só conseguem pescar espécimes que resistem à salinidade
existente dentro do reservatório.
“Ela [a Lagoa] evapora 28 centímetros por
mês, o que é muito”, sentenciou, afirmando que, apesar de todo este
cenário, grandes proprietários de terras distribuídas ao redor do anel do
manancial continuam captando água de seu interior 24 horas por dia.
“Me sinto amordaçada pra dizer certas coisas
sobre a Lagoa do Piató”, desabafou.
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