segunda-feira, 16 de julho de 2018

Reação: Entidade se manifesta com veemência contra posição do governo norte-americano

Imagem: Ilustração
A atitude do governo dos Estados Unidos de tentar tirar da pauta de recente reunião da Assembleia Mundial da Saúde a recomendação sobre a relevância do incentivo às políticas de aleitamento materno foi alvo de protesto por parte de uma organização brasileira.
Por intermédio de sua assessoria de comunicação social, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) repudiou o gesto do governo Donald Trump.
Leia abaixo:

A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia(Febrasgo) vem a público expressar indignação quanto à atitude do atual Governo dos Estados Unidos de tentar tirar da pauta de recente reunião da Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, Suíça, recomendação sobre a relevância do incentivo às políticas de aleitamento materno. É público, lamentavelmente, que houve inclusive intimidação a outras nações, como ameaças de corte de verbas e de retirada de apoio militar. A Comissão Nacional Especializada em Aleitamento Materno (CNE) da Febrasgo compreende que a conduta dos representantes norte-americanos significa uma irresponsabilidade em termos de saúde pública e da proteção social da humanidade. Certamente coloca em risco a vida de milhares de crianças ao redor do mundo. Estimativas recentes sugerem que a amamentação, se fosse ampliada para níveis universais, poderia prevenir cerca de 12% das mortes de crianças menores de cinco anos de idade a cada ano, ou cerca de 820 mil mortes em países de média e baixa renda. Todos os estudos científicos publicados sobre o tema comprovam que o leite materno é o único alimento completo para o recém-nascido durante os seis primeiros meses e suplementado com outros alimentos, até os dois anos ou mais. A amamentação protege a criança, evitando doenças físicas e mentais, diminuindo a mortalidade infantil e a subnutrição.  A Febrasgo, por meio da CNE de Aleitamento Materno registra completo desapontamento com tal posição. É inaceitável que interesses econômicos suplantem a defesa da saúde, ignorando e insuflando o descumprimento de recomendações da OMS. A República Federativa do Brasil tem obrigação de se posicionar contra quaisquer ações deste gênero, pontuando incisivamente seu apoio às políticas de promoção ao aleitamento materno no País e em todo o planeta, como segurança à saúde das futuras gerações.

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