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Leia
abaixo:
O peso de uma
caneta é, por vezes, difícil de carregar. Basta uma assinatura para mudar vidas
inteiras, alterar o cotidiano de instituições e tomar decisões que nem sempre
correspondem à nossa vontade. Não é simples, não é fácil, mas existem momentos
em que não há escolhas. A letra fria da lei não leva em conta as histórias de
vida. O dia 18 de janeiro de 2018 ficará marcado na história da Universidade do
Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Prestes a completar 50 anos de fundação,
tendo seu papel reconhecido na inclusão social de milhares de pessoas no
interior do Estado, a nossa UERN sofre um duro golpe no seu quadro funcional. É
com um profundo sentimento de tristeza que fui obrigado a assinar a Portaria
que determinou a extinção do vínculo empregatício de 86 servidores que por
quase três décadas deram o seu melhor pela nossa querida UERN. Foi uma decisão
tomada por quem não conhece a dedicação de cada um desses trabalhadores, que
não pensou no lado humano e na dificuldade dessas pessoas em ocuparem espaços
no mercado de trabalho, após tanto tempo cumprindo uma missão nobre no serviço
público. Fala-se sempre que decisão judicial não se discute, se cumpre.
Discordo tanto dessa máxima quanto da sentença do STF. Não é porque é lei que é
justa, não é porque a justiça decidiu que somos obrigados a concordar, mesmo
quando é preciso cumprir. Reconheço o trabalho de cada um dos servidores. São
lacunas irreparáveis. Profissionais experientes e comprometidos que ajudaram a
nossa universidade a ser socialmente referenciada. O sentimento não pode ser
outro a não ser o de solidariedade e de indignação. Aos nossos eternos
servidores da UERN o nosso agradecimento.
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