domingo, 23 de outubro de 2016

Posicionamento: Reitores reafirmam a entidades de classe ser contra a PEC 241

Foto: Reprodução
Em reunião terça-feira última (17), com cinco entidades de profissionais, em Brasília, a presidente da Associação Nacional de Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e reitora da Universidade Federal do RN (UFRN), Ângela Maria Paiva Cruz, comungou da preocupação apresentada pelas lideranças do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA), Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (PROIFES), Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (ANEL) e União Nacional dos Estudantes (UNE), e reafirmou a posição contrária da entidade à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 241, no que diz respeito aos gastos públicos com a saúde, educação, ciência e tecnologia.
A direção da Andifes observou que o coletivo de reitores apoia um financiamento para a educação sem as amarras da PEC 241, ressalta informação de Sirleide Pereira, da assessoria de imprensa da UFRN, na capital do estado.
Sabemos que teremos que amargar alguns remédios para que o País recupere o equilíbrio fiscal e econômico, mas privar os mais pobres de uma educação de qualidade é um sacrifício enorme para os que ainda vão nascer ou que ainda vão para as escolas e universidades”, declarou Ângela Paiva.
A dirigente acadêmica destacou que se aprovada conforme está na Câmara dos Deputados, a emenda trará descontinuidade para programas sociais.
Nos termos até agora apresentados, deverá necessariamente haver uma escolha entre qual área e qual interesse da sociedade ser preservado ou prejudicado”, enfatizou.
Mário Costa Júnior, da Fasubra, colocou que “estamos próximos a sofrer danos irreversíveis por meio da PEC 241. Os 20 anos de congelamento irão desmontar e sucatear a Educação, por isso contamos com a disposição da Andifes para fortalecer a luta nesse processo”.
Para o representante da ANEL, Lucas Brito é necessário mobilizar a comunidade universitária para proteger a educação brasileira.
O diretor jurídico da UNE, Rarikan Heven, defendeu a construção de comitês em defesa das universidades públicas e a presidente da Andes, Eblin Farage, defendeu a congregação dessas entidades sindicais e do movimento estudantil junto com a representação dos reitores, em torno de uma pauta única de defesa da universidade pública.
Os reitores têm manifestado dificuldade em gerir as universidades com o orçamento atual e a tendência é ficar ainda pior, caso a PEC 241 seja aprovada, disse a dirigente aos interlocutores.

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