Em
2014, os brasileiros gastaram mais de R$ 6,5 bilhões em consertos e reparos de
aproximadamente 40 tipos de produtos domésticos.
Todas
as camadas sociais recorreram ao serviço em diferentes níveis, sendo que a
classe “E” desembolsou, por conserto, quase R$ 36,00, enquanto a classe “A”
gastou, no total, R$ 393,00.
Os
dados são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de SP
(Fecomércio/SP) e foram estimados com base em informações da Pesquisa de
Orçamento Familiar (POF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), conforme informação da assessoria de imprensa da entidade.
De
acordo com a assessoria econômica da Federação, nos países de economia
desenvolvida, em que a renda per capita
é elevada, estes serviços possuem alto nível de sofisticação e,
consequentemente, um valor muito elevado.
Em
muitos casos, o preço de uma restauração chega a ser equivalente ao do produto
novo, disponível nas lojas.
Já
no Brasil, que possui renda per capita bem inferior aos dos países desenvolvidos,
esse hábito se tornou comum, segundo os economistas, justamente pela grande
procura e por possuir um custo mais acessível.
Ainda
de acordo com a entidade, como os efeitos da crise têm causado forte impacto no
poder de compra dos consumidores - que cada vez mais sofrem com a alta dos
preços - a tendência é de que, para driblar a dificuldade em adquirir um novo
item doméstico, as pessoas acabem optando pelo reparo.
Entre
os mais procurados estão os consertos de móveis (R$ 1,4 bilhão); televisores
(R$ 1,0 bilhão); e, geladeiras (R$ 860 milhões).
Segundo
o estudo, se comparado com itens de alimentação, o gasto anual de R$ 476
milhões da classe “E” foi 6% maior do que as despesas totais com macarrão e 21%
a mais do que foi desembolsado na compra de tomates.
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